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terça-feira, 21 de junho de 2011

Meus pedaços completos de mim



Parte de mim é divina, a outra é profana,
Parte de mim chora lágrimas de saudades,
Outra parte ri com escarnio se falam de amor.
Sou parte luz, até celeste, outra parte conduz
A maravilha da dor que não se sabe chorar,
Parte de mim é caça, outra parte caçador,
Como caça sou covarde, caçador... sou predador.
Parte de mim canta salmos e reza orações
Outra parte é profana, grita blasfemeas insanas.
Parte de mim é palavra, outra parte e ação
Grito meus medos e brigo se existe razão
Parte de mim é homem, parte de mim é santo
Sou eterno,  e infinito como santo,  
Como homem não sei nem para  onde vou
Me perco no que sou, ou no que não sou.
Parte de mim é ódio, outra parte é amor
Parte de mim te quer, te adora , te ama, te reclama
Outra parte de mim te vê ir e não te chama
Sou completo, entre defeitos e perfeições
Sou perfeitamente imperfeito,  sou transformação.
Meu pedaços se juntam em grandes porções
E em dois universos, infinitos que são,
Me deixam um convivio próximo da perfeição.
Como homem vivo no espaço (aqui)
Como divino existo no tempo
Como homem, bem ali, e tudo acabou
Como divino, sou eternamente eterno,
Minha essência, como a do universo, não é matéria
Sou simplemente energia solta no tempo,
Meu corpo apenas ocupa espaço
Minha parte divina... minha parte divina
Apenas existe no tempo, como ele... nunca passo...


José João

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Vou sacanear





Ah! Esses politicos imbecis, raposas velhas,
Matreiros e astutos caçadores de milhões,
Não dormem maquinando como enganar.
Esses colarinhos brancos, de cuecas de seda
Sentando a bunda nas poltronas do congresso
Coçando os ovos por não ter o que tabalhar,
Ou por não querer trabalhar, roubar é mais fácil.
Essas serpentes maquiavelicas e sutis
Colineando entre o bolso do povo em botes certeiros
Também nos cofres de um país, que coitado,
Chora a dor do parto de tão nefastos ladrões.
É nesse país que vou SACANEAR
Com esses politi-cú-zinhos cú de galinha
É nesse país que vou fazer de tudo pra ser honesto
Só pra SACANEAR, só pra fazer o mal.
Que tal se todos sacaneassemos com esses bunda mole?
Não é tão dificil ser honesto, sejamos só pra SACANEAR.
Pense todos nós honestos e mostrando ser
Olhando na cara devassa desses sujeitinhos
E eles baixando os olhos com vergonha da gente?
Pense na conversa desses mão de seda
Desesperados gritando: Porra estamos fudidos
O povo está SACANEANDO com a gente
Vamos ter que ser honestos?
Pensar em ser, já é um bom começo.


José João

terça-feira, 14 de junho de 2011

Pobres humanos





São carrões, iates. lanchas, banheiras de ouro,
São gritos selvagens de conquistas insanas
Corações de pedra, como frios punhais
Roubando vidas e ganhando histórias
Usando a morte como doação morbida.
Se dizem gente, se dizem homens, se dizem humanos
Brincam de brincar de viver entre desejos e luxo
Se fazem donos, se fazem senhor, se fazem deus.
Como se tudo fosse tão pouco, ou tão nada.
E bem no meio do mundo entre tantos eles
Tantas crianças perebentas e nuas de roupa e de amor
Sugam do peito flácido, da  mulher esqeletica e quase morta,
Suas ultimas gostas de vida, no sangue que se faz leite
Pelo milagre de ser mãe.
Malditos, grito chorando em desespero incontido
De ver a vida fugindo nos olhos sem brilho da criança
Que a mãe insiste em fazer viver e chora, e implora
Sem nunca se fazer ouvir, muito menos em se fazer ver.
E ela em desespero vê o filho agonizando,
Sugando os seios murchos como ultima esperança de vida
Vida que ela sabe...  lentamente se vai,
Mas ainda assim levanta os olhos ao céu
E em  supremo esforço sussurra uma oração
Que só ela sabe rezar. Um pedido que só ela pode fazer
E na oração silenciosa diz: Deus deixa-o em meus braços morrer
Faça-o ir, senhor, antes de mim,
Deixa, senhor, que o sofrimento dele eu possa sofrer.
E num último suspiro, não sei se mais doloroso ou tristse,
Se vai uma alma criança, uma alma criança se vai
E o carrões, os iates, as lanchas, as banheiras de ouro
Continuam sendo vendidas, para almas podres e falídas
Que bem poderiam  ser trocadas por vidas.


José João



quarta-feira, 1 de junho de 2011

Coitado do mundo





São gritos roucos, soluços, são impropérios
E ninguém escuta, escutam mas fazem que não,
E o mundo gritando: Estão me matando
E o mundo coitado... morrendo e já não tão lentamente,
Os rios se afogando na areia que lhes toma o leito,
Os oceanos inchados pelo gelo derretido,
As florestas tornam-se braseiros nesfastos
Onde animais, árvores e pássoros choram
A dor que os homens lhes causam,
E estes rindo, cheirando e matando.
Ah! pobre mundo morto pela ambição.
E os homens matando uns aos outros
Por um simples e mero qualquer tostão.
Ninguém se lembra mais de Deus,
De quem os homens mataram o Filho
Agora os mesmos homens o recriaram
Como pop star, cabelos loiros, longos,
Encaracolados, olhos verdes, corpo atletico
Como se o filho do pai não fosse perfeito
Assim com quis o própio pai,
Mas um dia, um dia quando os trovões
Se fizerem mais fortes, e os relampagos
Iluminarem o horizonte mais distante,
Aí os pobres e covardes homens
Pequenos e intemediarios seres do universo
Se lembrarão que existe um Deus e gritarão
Por sua ajuda e rezarão orações inventadas
Pelo medo tão comum  em raças inferiores
Como somos nós... e aí...
Deus apenas terá que ser justo.


José João
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