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sábado, 23 de julho de 2011

Sou apenas... gente

 

Ontem estive correndo entre sonhos e desejos,
Entre espaços vazios, perdidos no nada,
Onde a alma, tambem por nada sentir,
Se fazia eco de um silêncio tão profundo
Que o próprio silêncio chorava ao se ouvir.
Corri entre dores passadas, tristezas vividas,
Entre pesadelos sombrios por dores parídas
Por perdas tão duras, tão nuas, tão cruas
Que o tempo, por pena da alma, lhe lambia as feridas,
Mas para a alma, coitada, a dor era tanta
Que  fazia o próprio tempo, no tempo parar
Como se a eternidade se fizesse tão pouco
Para que tanta dor pudesse passar.
Corri entre noites, estrelas, cometas e luas
Me fiz de inocente,  gritando blasfêmias,
Voei nú no espaço como estrela cadente
Cantando loucuras como se fosse indecente,
Eu? Inocente!!?  Eu?  Indecente!!?
Eu? Gritando loucuras!!? Gritando blasfêmias !!?
Talvez até... Talvez... por que sou tão pouco
Sou tão pequeno... sou apenas gente.


José João



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