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sexta-feira, 19 de agosto de 2011

A eternidade dos espinhos





Levadas por tempestades de dores nascidas
Ou parídas, sem parto, sem sonhos, sem cor,
Quem dera tudo fosse sempre tão bonito
Na ternura de cores singelas, cor de amor
Com o frescor da alvura do lirio no campo nascido.
Ah! Quem dera ser toda beleza eterna!
A brisa cantando valsas desconhecidas
Embalando folhas, flores e sonhos,
Gorjeios em sinfonias desencontradas,
Em sons graves, agudos, mágicos
Como se todos os belos sons do universo
Nascessem de uma orquestra divina!
A beleza do mar cativo deitado na areia
Sussurrando versos que não se sabe onde aprendeu
O nascer do sol, lá no fim dos olhos, brincando de criança.
Quanta beleza! Cada dia um por do sol diferente,
E ele falando sorrindo: Amanhã vou voltar.
Mas que vida e que mundo! Quantas contradições!
Porque têm que existir a solidão? A dor? A saudade?
Mas já que existem por que não são passageiras?
Muitas vezes são eternas dentro da gente.
Sempre penso a vida igual a uma roseira
Como se a flor fosse o amor, a dor os espinhos,
As flores precocemente murcham, secam e caem
Mas os espinhos? Esses parecem não morrer nunca.


José João

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