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sábado, 31 de março de 2012

... E Derci tinha razão


Quando a saudosa e autêntica Derci esteve nesta capital,
deu a esta, algumas qualificações chocantes, na época até
que deu uma balançadinha na auto estima do ludovicense,
muitos se ofenderam, inclusive o patriarca da clã, querendo
de Derci uma retratação pública, mas a emenda saiu pior
que o soneto, e o que ela disse a ele, como gostei!
Hoje (31/04/2012) andando por São Luis, vi a nojeira, o
fedor tanto da cidade como dos políticos desta e cheguei
a uma infeliz conclusão: Derci tinha razão. SãoLuis não
era, mas esses miseráveis políticos a deixaram exatamente
como ela disse o ... do mundo.
Gestores e seus lacaios, não os chamo de imbecis por que
seria um insulto a estes, não os chamo de raposas matreiras
porque as Vulpes Vulpes não merecem serem ofendidas,
estas, coitadas roubam apenas galinhas para matarem a fome.
Esses acéfalos falam em desenvolvimento, falam em turismo,
(São Luis tem muito a se mostrar) mas o que fazem é saquear
a cidade, isto mesmo, são saqueadores, é vergonhoso andar
por esta capital. Levei alguns amigos à Fonte das Pedras,
depois de lhes contar por que é ponto histórico, chegando lá,
pasmem, estava com cadeado no portão, obvio, entrada
proibida, como assim esses cafajestes têm coragem de falar
em turismo? Cheguem ali, seus imundos, no terminal de onibus
urbano e lambam o chão de lá, que é lá onde os porcos devem
se sentir bem, isto é sim, um desabafo, chega de fazerem São
Luis ou Estado de galinha dos ovos e ouro e deem alguma coisa
ao povo e não só aos seu bolsos.
Fico surpreso como os habitantes dessa ilha se submetem tão
passivamente aos desmandos de uma corja que se apossou
de uma capital, de um Estado e os levaram a serem os piores
lugares da União para se viver. É hora de se dar um basta nisso,
é hora de os maranhenses se olharem no espelho e se sentirem
como brasileiros, como gente, e não como marionete nas mãos
de uns tantos alquimistas do dinheiro público. Estou estarrecido
com a nojeira, imundice, canalhice que fizeram com que esta ilha
chegasse a ser o que, com toda razão, Darci disse que era, se
duvidarem andem no centro da cidade e vejam se ela não tem
mesmo o fedor de um... com tantos esgotos estourados?

José João

sexta-feira, 30 de março de 2012

Alma no cio


Calor sublime, perfeito perfume, corpo macio
Doce suor do cansaço, do amor maroto
Desejo, mais que desejo, entrega sublime
Pele macia gosto de mel, gosto de flor.
Carinhos ousados, gemidos, gritos sussurros,
Olhos correndo nos corpos gritando
Num delicioso silencio: Quero mais... e mais.
Pele cor de pecado, brilhante pele
Macia pele de flor de maracujá
Deitar, beijar, sugar, pedir, mandar
Deixa que o gosto de amar se torne mais
Que senhor ou senhora, que homem ou mulher,
Deixa que o gosto de amar se torne
Pecado indecente, obsceno, inocente, sereno
Deixa que o pudor se torne cor do pecado,
E que a boca deslize no corpo molhando a pele
Arrepiada de desejo do gozo que já vai chegar.
Grita que lá fora ninguém sabe quem somos,
Amantes, homem e mulher, ou talvez animais
No desejo do corpo, na loucura da alma
Que grita indecente num tremor... calafrio
Dizendo que ela também se sente no cio




José João

o que nunca fui





Já fui gente, já fui estrada,
Já fui flor, já fui espinho,
Já fui água, já fui fogo
Já fui carência, fui carente, fui carinho.
Já fui sonho, já fui pó
Já fui poesia, fui criança, fui poeta
Já fui rei dos meus próprios sonhos
Já fui traço, já fui curva, já fui reta.
Já fui vagabundo... nos sonhos de alguém
Já fui lágrimas, fui suspiros e fui ais
Já fui até minhas lembranças, fui histórias
Já fui sorrisos, fui começos, e até finais
Já fui liberdade, já fui prisão,
Já fui quadro de parede, já fui  retrato de bolso.
Já fui parido, fui banhado, fui lambido,
Já fui abraçado, fui amante, fui beijado
Já fui amado, fui dominante, fui dominado.
Já fui um nome, já fui saudade,
Já fui espera, já fui decepção, fui odiado
Já fui palavra, fui angustia, fui adeus
Já fui caça, fui alforje, fui caçador
Já fui tanto, já fui pouco, já fui muito
Já fui... Ah! Ia esquecendo... não fui feliz.


José João

O retrato do dia



Quantos tiros e mortes. Pedidos, perdão.
Quantos olhos aflitos e corpos no chão.
Quanto voz por clemência se ouve gritar,
Quantos gritos de morte se pode escutar.
Crianças perdidas pedindo um pão,
Mas ninguém se levanta e pergunta a razão.
Ainda dizem que hoje viver é melhor
Que ontem que eu via o brilho do sol.
O soldados se perdem em grandes confusões,
Os quarteis se fizeram de enormes porões
Escondendo os medos de covardes patrões
Que matam o sonhos matando ilusões.
Ainda alegam pra gente um futuro melhor
E mentem que o sonhos hoje são reais.
De crianças eles fazem tristes marginais
Vivendo nas ruas como animais,
Se eles pensam assim, coitados de nós
Que somos apenas pobres racionais.

José João

Vidas oprimidas



As pessoas apressadas
Nas ruas como loucas,
Uma pressa tão danada
Há até quem esquece a roupa
Pendurada no varal,
Por ser muito ou ser pouca
Ou pelo nu  ser tão banal.
Os pés caminham aflitos,
Cada um é um jornal
Cada cabeça um conflito
Como se fosse natural.
As pessoas comprimidas
Mesmo em ruas tão compridas
Quantas dela suicidas
Em suas vidas oprimidas,
Sem nenhum tostão no bolso,
Na vida roendo osso
Como fruta sem caroço.
O amanhã se faz covarde
Por ser luta desigual,
Ele passa indiferente
Enquanto o homem passa mal,
E e assim se faz o dia.
Carrasco de tantos pobres
Que carregam sua misérias
E as mazelas dos "nobres".

José João

O adeus... espada fria







Como espada,
Espada fina de dois gume
Sangrando um coração carente,
Sai o sangue em queixume
Pra regar triste semente
Que vai nascer como planta
Dentro do peito da gente.
Olha a tristeza nos olhos
Um olhar que tristemente
Não se sabe se é do homem
Por ser um olhar tão demente,
Punhal fino de dois gume
Como navalha afiada
Corta até o pensamento
Faz o amor não ser mais nada,
E a saudade se arrasta
Traz com ela a solidão,
Faz a vida ficar triste
Faz do pranto uma oração
Punhal fino de dois gume
Trespassa o coração da gente
Mata sonho e ilusão.

José João

quarta-feira, 28 de março de 2012

Entre os varais


Roupas penduradas balançando ao vento,
Como bandeiras coloridas, dançando nos varais
Quantas histórias contadas, vividas, sentidas
Entre tristezas ou nas alegrias dos carnavais!!


Roupas surradas, puídas, roupas rotas, cansadas
De serem as mesmas e andarem nas mesmas ruas
Repetindo as histórias de ontem, histórias de sempre
Histórias de vida de almas puras por inocentes: Nuas


Roupas penduradas contando histórias nos quintais
Histórias de vida, da dor sentida, intimas histórias
Como contam todas as roupas penduradas nos varais


E lá vem o vento, e lá vem o sol, e lá vai o tempo
Puindo as roupas dos varais, puindo o corações
Puindo histórias que se fazem de  fragmentos




José João 

Com a palavra: Os jornalistas



Quando falamos em imprensa, logo lembramos que esta
é tida como o quarto poder constituído pela sociedade.
Lembramos também que imprensa é um conjunto de veículos
de informação que exercem o jornalismo, e num Estado
democrático, presume-se que esta seja uma instituição
imparcial, compromissada com a verdade dos fatos no
sentido de manter a sociedade, no minimo, com informações
que a leve a refletir sobre os textos publicados.
Como é nossa imprensa? Falo da imprensa maranhense,
 e pergunto: Podemos respeita-la como um quarto poder
útil à sociedade? Ou  esta imprensa não passa de um
amontoado de cabeças alienadas por uma única ideia,
ou seguimento politico? Somos, talvez, o povo mais mal
informado desse país no que tange informações sobre o
 próprio estado.
Nossos meios de comunicação,  escritos, radiofônicos
ou televisivos são, na verdade, propriedades a serviço
de seus privilegiados proprietários. Isto nos faz perguntar:
O que é liberdade de imprensa? Vendo pelo lado do povo,
do qual eu faço parte, vejo a liberdade de imprensa apenas
como um meio libertário de expressar opiniões e pensamentos
dos donos desse veículos, que deveriam ser informativos, mas
não passam de meros pasquins suburbanos.
Falar de imprensa é perigoso, por isso poucos têm coragem
de faze-lo, até mesmo pelo corporativismo tão característico
e atuante nesse setor, mas é preciso que se alerte a alguns
profissionais dessa área, falo do Maranhão, que saibam ou
aprendam a ser jornalistas, íntegros, compromissados com
a verdade e podem começar desde agora a serem assim,
basta que aproveitem esse ato heroico dos professores do
município e vejam as porcarias que também são algumas
escolas públicas estaduais, são verdadeiras vergonhas, mas
quem da imprensa vai denunciar, são escolas do estado.
Com a palavra os tão comprometidos com a verdade e
bravos jornalistas maranhenses.

Maranhão (a grande mentira)


Lendo, o que deveria  ser um best seller, ou até mesmo um livro
de história, com a  obrigatoriedade de uso em  todas as  escolas
públicas ou privadas desse país e distribuído  pelo  MEC  assim
como  são  o  livros  didáticos,  deveria  ser o livro de  Palmério
Dória, Honoráveis bandidos. Um livro que, como poucos  nesse
país,  fala  a  verdadeira   história  de  um   personagem  que   se
apossou de um Estado da União, e sugou-lhe dos bens  à honra.
Coronel, temido pelos seus poucos opositores, o maior caso  de
mimetismo politico  do país,   não  apenas sobreviveu  ao regime
militar como dele se beneficiou,  de maneira aberta, como foram
aqueles que na revolução de l964 viraram as costas para o Brasil.
É este personagem que escrevendo sua  própria  história se torna
herói. Isto é  preocupante  e assustador,  daqui  a  alguns  anos o
Maranhão terá a  história  mais  mentirosa  do Brasil, parece sina,
quando  sabemos  que  Maranhão    quer   dizer:   A   GRANDE
MENTIRA,   com  a nefasta  literatura  desse  personagem sendo
escrita pelos seus cupinchas, pelos seus puxadores de saco, pelos
seus lacaios,  um dia  nossa  história  será,  realmente,  o que quer
dizer Maranhão.Esse estado talvez o mais pobre, o mais atrasado,
o que  for de  pior,  se não   formos  o  primeiro  do  segundo não
passamos  é  a  galinha  dos  ovos de ouro  de  uma  corja que  se
locupleta  com  o  dinheiro  do  povo  mais  miserável  desse  país.
Assistindo uma  entrevista  do  saudoso  Ayrton  Sena  dada ao Jô
Soares,  este  perguntou:  Você   já  está  rico?   Soube  que você
comprou um  apartamento  num dos  lugares  mais  caros do USA.
Responde  Ayrton  Sena: "Não, ainda não estou rico, comprei  em
dez anos,  rico  está  o  filho  do  governador  do   Maranhão  que
comprou  um  a  vista.  Esse  personagem  tinha  uma  padaria   no
garimpo (segundo ele) vendeu a padaria e comprou uma  emissora
de televisão, daí o crescimento foi rápido". Este fato é para ilustrar
como  são  tratados  os  seus... sei lá. Urge   que  os   verdadeiros
historiadores  desse  estado  comecem  a  escrever  nossa  história,
aqueles que  tenham  compromisso  com  a verdade não com meros
politiqueiros,  que  façam  como Palmério  Dória a  quem   aplaudo
de pé. Poxa cara, porque  você  não  é  maranhense?  Você  é  um
dos  poucos que,  por  bravura  e  sem  medo de  falar  a   verdade,
deveria receber o título de cidadão maranhense, eu o tenho assim.
Um beijo no coração.

João João

terça-feira, 27 de março de 2012

Loucuras de um poeta louco







Cantar versos bizarros por que a dor é mais ainda,
Blasfemar em orações rezadas sem fé por que a solidão
Brinca de olhar, de ficar, de tomar, de se fazer dona,
Cantar versos surdos, mudos, versos sem rima
Por que a dor canta uma canção sem melodia
E a lágrima sai rolando pela face em silencioso
Caminhar nos rastros deixados como caminho
Molhado do rosto a alma, da alma ao nada.
Cantar ladainhas novas com rezas antigas
Aprendidas quando criança, rezadas, cantadas
Talvez sem serem ouvidas, talvez perdidas
No espaço lavadas a esmo pelo vento ou pelo tempo.
E se dissolveram como nuvens se tão alto chegaram.
Talvez nem tenham subido, tenham caído no chão
Com o peso dos tantos pecados que se perdoados
Foram apenas trocados por outros, e assim
Os versos bizarros se fizeram dores, ou as dores
Se fizeram versos bizarros, não importa a ordem,
O que importa e ser um verso.


José João




segunda-feira, 26 de março de 2012

De que Brasil você é brasileiro?




Estranha pergunta para  quem  pensa  que Brasil  só existe um.
Todos dizem orgulhosamente que este é um país de dimensões
continentais,   com   fronteiras  tão extensas que é "impossível"
monitora-las,  é  neste  continente  que se encontram os brasis,
sim, os brasis.
BRASIL I:   É   aquele   país   maravilhoso,  cheio  de  fartura,
riquezas,  e tantas,  que  o  dinheiro  fica  fácil de  levar,  então
levam  em meias,  em cuecas,. em  caixas de papelão.  Aquele
país  maravilhoso em que as despesas com a copa  do  mundo
são digamos...esquecidas de serem fiscalizadas, e para que, se
este país tem a sexta economia do mundo?
Esse BRASIL gostoso onde as  falcatruas dos lobos colarinhos
brancos são encobertas até mesmo pelo nossos tribunais.
Vejam o mensalão e o que diz um ministro do supremo: COM
RELAÇÃO  A ALGUNS CRIMES PODE HAVER
PRESCRIÇÃO,  SIM. Não é um   paraíso  para  o corruptos?
JUIZ DO SUPREMO MANDA SOLTAR ABDELMASSIH,  
por  que   prende-lo?  Ora ele  é um
médico   "conceituado"   e,   claro,   muito   influente   e   rico.
Outra manchete:  PRESIDENTE DO STF QUE ENCOBRIR
PRATICAS IRREGULARES E FALCATRUAS
COMETIDAS    POR  MAGISTRADOS. Digam,  não é  um  
BRASIL maravilhoso? Agora  falemos  dos  nossos  políticos...
mas  é preciso falar deles? Se falamos perdemos a compostura
e lá  se vai "ofensas", mas   o que ofende  mais  um cara  sem o
minimo de  vergonha  é  chama-lo de  honesto,    então  nossos
honestos  e  milionários políticos, nossos grandes e  curtos, ops,  
desculpem    leia-se   cultos    legisladores.   Dizem     que   um  
"medalhão"   da   politica   brasileira   e   inclusive ex-candidato  
à presidência   desse   BRASIL  em    rede   de televisão disse:  
ESTADOS   UNIDOS    DO   BRASIL.   pode?    Você     é
BRASILEIRO nesse BRASIL ou estrangeiro?
Brasil II.  Este   Brasil   é   o   Brasil daqueles que alimentam  a
pão-de-ló os Incitatus da vida, chamo-os  assim  por que, com
certeza, eles não sabem quem foi essa figura kkkkkkk.  São os
brasileiros desse Brasil querealmente pagam seus impostos, um
dos mais caros do mundo,e são esses mesmos que não desviam
verbas,    que   não    roubam, mas engordam   as   contas  dos
banqueiros   com lucros  astronômicos.   É nesse   Brasil   onde
trabalhadores  ganham  R$ 622,00,  onde o vencimento de  um
professor é de R$ 737,00 e o salário  reclusão é de R$ 922,00  
(alguém  quer maior prova de corporativismo?).  É nesse Brasil
que  roubam a   merenda infantil e você  paga,  é  nesse   Brasil
que você paga talvez a  mais cara e  perene  campanha  politica
do mundo, são  esses  demagogos  benefícios  sociais,  é  nesse  
Brasil de pobres e honestos brasileiros  que  vivem  seus  tantos
sacrifícios e ainda alimentam vagabundos.É desse Brasil, amigo,
que  você é brasileiro? Se for vamos toma-lo pra nós..

José João

domingo, 25 de março de 2012

Paredes cinzas...





Paredes cinzas, paredes altas, paredes frias
Solidão gritante, tristeza constante,
Amor distante
Calor ausente, magoa presente,
Alma carente
Paredes cinzas, paredes altas,. paredes frias
Almas vagando, olhos chorando,
Saudade lembrando
Coração sozinho, peito sem carinho,
Lágrimas de fininho
Paredes cinzas, paredes altas, paredes frias
Sonhos correndo, dores vivendo,
Esperança morrendo
Dores de parto. gritos no quarto,
No quarto um retrato
Na parede cinza, na parede alta, na parede fria.


José João

quarta-feira, 21 de março de 2012

Não posso!





Como posso sentir alegria
Se da história sei o final
É a morte daquele homem
Daquela criança do sinal


Como posso me abrir em sorrisos
Ou mesmo ter alguma ilusão
Se em todo lugar onde passo
Vejo crianças pedindo pão?


-Moço por favor me escute
Não é esmola, é só um favor
Me dê um pedaço de pão!
E o carro acelera o... senhor


Na criança ficou a esperança
De outro carro agora um favor
Que seja alguém de bom coração
Que não seja igual ao outro senhor


A noite, ele com fome, se esconde
Vem o frio, lhe trazendo o torpor
Nascem nos céu douradas  estrelas
Que a criança, servem de cobertor


Coitada da pobre criança
Que é de a infância e da sorte?
Que é de a esperança da vida?
Se naquela vida só lhe resta a morte?


Ainda fazem das crianças
A esperança do Brasil
Mas dessas coitadas eu vejo
Triste como escrava servil


Não posso mais ficar calado
Sentindo em mim esta dor tão forte
Vendo a morte dessas crianças
Quer sejam do sul ou do norte.


José João

Como calar esse grito?





Calar?! Como calar esse grito?
Que explode de dentro do peito
Como chama ardente de furor que não cala,
Ou como ira latente que clama liberdade.
Na explosão de si mesma por ser preciso
Para não sucumbir de joelhos dobrados
Em orações não ouvidas por atoas homens,
Por nada perdidos, por nada eles serem.
Gritar a verdade mais crua por ser tão cruel
E dizer: Levanta e não pede!
Se estendes as mãos, te cospem no rosto.
Não te curves ante os reis da carne
De almas dementes a até mais carentes,
Que mesmo a tua. Levanta a fronte
E grita bem alto: Sou gente!
Não deixa que os homens te sufoquem
A vontade de ser mais, ser melhor.
Não deixa que teus sonhos fiquem bêbados,
Caídos na calçada dura dos teus receios.
Grita que os ratos são ratos, 
Que as gravatas são laços,
Pedaços de nada deitados num peito 
Que vaga sozinho, sem saber sequer de uma oração.
Grita, um grito atrevido, rebelde.
Grita que a loucura da gente
É razão aparente que as vezes se esconde
Tão dentro da gente que buscá-la é heroísmo.
Vai buscá-la, vence teus receios, teus temores.
Os covardes e os heróis andavam juntos,
Todos sentiam medo, todos correram,
Só que os heróis correram na busca do que descobrir.
Por tanto medo quiseram logo decidir
Pra não sentir mais medo amanhã.


José João





Não minta!






Expressar a raiva que me toma agora
É desperdiçar papel e tempo
Então me tomo de mim e da ira
E vou buscar sonhos de conquistas
Indo em busca dos covardes para vencê-los,
Procurando inúteis demagogos para puni-los.
Procurar vis homicidas para banhá-los
No próprio sangue e fazê-los sentir
A dor da perda que tanto já fizeram sentir.
Expressar a raiva como se fosse vingança
É desperdiçar o pensamento
Mas buscaria, de bom grado, os ratos,
Os vermes burgueses que fabricam a fome, 
E os enforcaria nas próprias gravatas de seda,
Ou nos cadarços dos sapatos
Comprados pelo preço do sangue 
Que tantos derramam sem poder lutar.
Buscaria os colarinhos brancos
Que desfilam suas limousines douradas
Fumando charutos cubanos
E os faria vomitar suas vísceras podres.
Não é raiva nem vingança, apenas um sonho
Um sonho de conquista, de prazer,
Talvez me chamem de violento, insensível
Mas qual a diferença entre mim e você?
É que você não diz o que quer fazer
Talvez por medo de você mesmo
Ou ainda por medo do que diriam, 
Mas na verdade você quer o mesmo...
Não minta!


José João

domingo, 18 de março de 2012

Pobres homens





Pobres homens que de humanos se fazem
Mas buscam no nada suas próprias raízes
Perdidos no espaço suas dores maldizem
E dela, a dor, choram suas tantas matizes


Primitivos seres, estúpidos por tão vaidosos
Num orgulho evidente de espíritos pobres
No fundo são animais medrosos, covardes
Desprovido que são da força dos nobres


Ralé, elite da podre escória, lixo do universo
Experiência panspérmica de genes amorfos
A Deus não buscam, imbecis fazem o inverso
Por serem produto de um satânico aborto


Pobres homens perdidos no caos que eles criaram
Mentes perdidas, malignas, satânicos seres doentes
Que fazem da vida malditas conquistas e até geraram
Mentes atrofiadas em outros pobres homens dementes


Que tempo haverá ainda para que encontrem
Almas nessa coitada raça de há muito perdida
Que a justiça um dia, mesmo a chorar, enfrentem
E que a dor seja tanta quanto toda maldade parida.


            .......................................................


Para aqueles que se vestem como homem
mas são verdadeiros satanazes.


José João

Dez créditos



Demo crática, cracia decadente.
Decrescente decrescida.
Crescida apologia da mente
Que mente por demência
Ou demagogia indecente
Em decente povo que sente
Sentado no cadafalso
Que cada falso domina
Dor mina do castrador
Que não castra dor nem pavor
Matadores inconvertidos
Pervertidos não mata dores
Sentidas, paridas, doidas
Vividas em sangue verde-amarelo
De vermelho anêmico brasileiro
De hipertensão sem saleiro
Sem sal, sem panela, com fome
De fome e dinheiro
Senado sem nada se nado
Cansado em atro senado gretado
Um dia sonhado não atrofiado
Em lambido tapete, carpete
Topete, rolete, lembrete
Da criança sem leite
Lambada, lambança, paulada
Na dança do cobra a cobrança.
Do povo esperança
Não ter mais matança
Que chegue a bonança
Que viva a criança
A ladra não ladra o latido
Do cão que parece raposa
E tem um leão enorme e criado
A base de pão que à criança
Não chega na mão, morte perfeita
Por inanição, por ordem carrasca
Do faminto inveterado mandrião
Ou faminto mandrião inveterado
Expert escolado em vender
Ilusão a bobos da corte
Que se trocam por nada
E o povo? E o pobre?
Coitado! Que vida malvada...

José João

É preciso gritar!



As palavras saem risonhas, maliciosas
Emprenhando ouvidos inocentes
Com promessas descabidas e vãs,
Levantam-se as mãos espalmadas
como juramento solene em palavras
Fluentes de orações mercenárias,
Estendidas, esquecidas e não cobradas.
Perda de tempo, jamais serão pagas.
Sentam-se em confortáveis poltronas.
Sultões do poder, do não fazer,
do barganhar. Sultões do não ser,
Brincam de leis, brincam de povo.
Constituem sem constituir o que
deveria ser constituído, e se dizem
constituintes, se nem ao menos
São constituintes. E jamais inadimplentes.
Não compram, ganham.
Não fazem, mandam.
Pensamentos doentes, vontades dormentes,
Comportamento indecente.
Marajás, moral decadente.
O povo só luta, o povo só, luta também,
mas cai, chora, só-luça, morre, quase ninguém.
Não canto, não choro, só vivo.
Como tantos outros, só vivo.
Se pode lutar, por isso querem matar,
Tirando a honra de quem 
não tem onde trabalhar.
Quem dera falte ao homem força,
pra não poder aplaudir.
Quem dera sobre  ao povo força,
pra poder não ouvir e ser o poder.
A inercia tomou conta de todos.
O calar é ser um sábio morto.
Mas o falar e não ser ouvido,
é ser morto também. Todos estão mortos,
mudos, se movem como zumbis.
Obedecemos como fantoches.
O silêncio nem sempre é inteligente,
Como nem sempre o gritar é heroísmo.
Como nem sempre o chorar é covardia.
É melhor errar fazendo, que não tentar fazer.
Mas se ao tentar fazer, o povo explode, 
alguns serão heróis, então é melhor não votar.
É melhor não voltar, é melhor soltar...
Soltar a voz e gritar: FORA!

José João




quarta-feira, 14 de março de 2012

Os senadores dos tupiniquins





Neste concurso para  preenchimento  de vagas no nosso, cívico, glorioso, probo,
honesto, decente, casto, integro, virtuoso, honrado, pudico, sério, digno e integro
senado,  o  tema  da  redação  foi:  O que  é  ser  tupiniquim. Nesse  nosso  atual 
contexto de Brasil me vieram duas conjecturas, uma foi: Será que os guardiães da
Carta Magna do Brasil querem brincar com o povo numa ironia até  mesmo cruel
ou, quem sabe, isto  seja  uma  graça divina  para alertar o povo sobre o que eles
querem que  sejamos?  Sei que não tiveram respostas a altura, ainda mais por que
ali estava o futuro de alguns.
Mas vamos ao que é ser Tupiniquim. Grupo de  indígenas  que  pertencem à tribo 
Tupi, habitando, atualmente, o norte do Espirito Santo, se  era esta a resposta que 
esperavam parabéns, mas ... será que eles os ...e quem elaborou estas provas são 
brasileiros?  Acho  que  esse  título  estava  apenas   fazendo   alusão   ao  sentido 
pejorativo, a que se dá atualmente a essa expressão num desrespeito inconteste  a
parte da origem do povo brasileiro, consequentemente ao próprio Brasil.
Vamos ver o que somos, se ser tupiniquim é:
01) Trabalhar quase cinco meses, apenas para pagar impostos e enriquecer 
       vagabundos.
02) Viver num país em que 80 bilhões de reais são roubados por ano.
03) Morar num país onde a lei só pune pobres e negros.
04) Viver num país em que o vencimento de professores é menor que o salário de 
       um recluso.
05) Ver um analfabeto ser membro da comissão de educação do congresso.
06) Ver a Acadêmia Brasileira de Letras homenagear um jogador que nunca leu 
       um livro.
07) Ver professores sendo agredidos por alunos em plena sala de aula.
08) Ver deputados rezando louvores por levar dinheiro roubado na cueca.
09) Ver uma Bunda ser  mais valiosa que um cientista.
10) Ver alguns imbecis brincando de casinha serem chamados de heróis.
Caros senhores  políticos  principalmente  do senado, se ser Tupiniquim é aceitar 
isto... Ganharam. Nós somos!


José João



sábado, 10 de março de 2012

Na rima da política





Fazer rima na politica é uma sacanagem
Mas fica fácil a rima só falar em bandidagem
Quem quiser rimar comigo é só o dedo levantar
O médio para cima e os outros  abaixar
E pra sacanear manda o politico se sentar


Olha a rima que dá senador com deputado
Prefeito como ladrão com dinheiro na cueca
A deputada gritando: Eu não uso essa merda
Onde escondo o dinheiro? Vou pra casa de lambreta
Ao que o amigo diz: Ora enfia na... olha a rima que dá...


Outro dia era a moda falar desse mensalão
Até um ministro botar dinheiro na caixa de papelão
Tudo isso é uma merda, é a maior putaria
Que diga aquele senador que dormia na sarjeta
Pediu perdão pra mulher comendo outra... olha a rima


Ainda tem el bigodon com a bunda cheia de sarna
Esse cara é um peste não se cansa de "ganhar"
Só não sei de onde é se do mara ou ama pá
O cara "rapa" tudo ele sabe como "mexer"
E o pior que ainda manda a gente ir se fudê


Mas não fico calado embora seja educado
A gente tem que reclamar de tanto levar no rabo
Minha consciência me manda seguir um  outro perfil
Respeitar  os mais velhos, mas como aqui no Brasil ?
Se o que quero é mandar politico para a puta que pariu.


José João

A doce moribunda





Vai morrendo, lentamente, a poesia nos corações
Ninguém mais tem tempo de amar, nem de sonhar
E assim a poesia sem ser escrita, sem ser lida
Vai pouco a pouco se apagando como nuvem esfalecida


E ela, coitada, se agarra nos sonhos dos poucos poetas
Que choram suas dores ou as dores alheias sem pensar,
Poetas que se entregam, pela poesia, à dor do pranto
Dando ao seu  velório as cores da tristeza de um canto


Adeus poesia, doce moribunda deste tão mundo vil
Vítima da tanta falta de amor de um mundo sem coração
Vai, mas leva contigo a saudade de um poeta como oração


Vai poesia este tão estranho e podre mundo já não te merece
Mas por onde fores, em qualquer mundo que te façam amores
Lembra deste poeta que por tanto te amar nunca de te esquece.


José João

sexta-feira, 9 de março de 2012

Deixa...





Deixa teu corpo no meu se roçar
Deixa que em mim exploda o prazer
Deixa que o momento me tome de mim
Deixa que  me entregue todinho a você


Deixa o silêncio falar por nós dois
Deixa que o tempo se esqueça de nós
Deixa que tudo fique pra depois
Deixa que o amor seja nossa voz


Se eu gritar ao mundo que te amo
Não se importe com outro acontecer
Nada mais é maior do que sinto
Amo e vivo somente por você


Deixa em meu corpo o perfume do teu
Deixa em meus olhos loucura e prazer
Deixa que eu pense que no mundo o amor
Seja apenas só eu e você
                 ... ...  ... ... ... ... ... ...


Deixa, que o mundo lá fora
é pequeno pra nós dois!


José João

Desejos e emoções





Ela não é mulher nem fêmea,
É apenas perfeita por ser única,
É inocente e devassa. É pura na nudez,
É cândida na entrega da alma e... do corpo
Que se agita em frêmitos suaves ou violentos
Como se a mansidão e a fúria fossem irmãs.
Exigente com ela mesma na doação plena
Como se tudo ainda fosse tão pouco,
Navega e faz navegar dentro das emoções
Que só ela sabe buscar dentro de mim
Como se eu fosse um livro de páginas abertas
Onde apenas ela pode encontrar o texto preferido
E me deixo ser aberto, devassado despudoradamente,
Lido, lambido. sugado, tomado de mim
Para ser prazerosamente entregue a ela,
Ela mais que mulher, mais que fêmea.
 Por ser perfeita, brinca com a inocência,
Que sorrindo pede para ser desvirginada,
 Cansada que está de ser casta, e nela, a inocência
Se confunde no olhar  malicioso e provocante
Como se este olhar acordasse o sexo
E o pecado se fizesse de criança curiosa
Querendo ver vontades e desejos satisfeitos
Nos corpos suados, mordidos
De coxas abertas mostrando a flor
Onde o androceu e o pistilo
Bebem o mesmo sêmen como se fosse mel,
E eu... sugo da flor o néctar denso
Com o gosto forte de fêmea no cio,
Que geme, que grita, que se contorce,
Que... que.. que...


José João

quarta-feira, 7 de março de 2012

Divina sementeira





Sementeira perfeita e crua
Adubada com carinho e nua
No escuro, dá luz e cria
Na flor luzente, doce magia


Sementeira de flor aberta
Passiva na entrega ardente
Da doação, fábrica de gente
Por prazer não por carente


Sementeira, mulher, mágica flor.
Divina, encontra prazer na dor
E chora sorrindo a dor que sente
Mesmo a vida lhe rasgando o ventre


Semente viva no céu guardada
Que o tempo um dia, pela flor ardente
Se faz presente em um novo mundo
E a semente se faz de gente


Doce magia, sementeira viva
Cândido anjo de um céu qualquer
Sementeira pura de sementes nuas
Luzente flor... doce mulher!



José João

domingo, 4 de março de 2012

A justiça





Quando a espada da justiça se levanta
Em aço frio, cruel em duro gume
Sem escolha de raça ou credo, só justiça
Que livra o inocente e ao culpado pune


Quando em grito de justiça a mulher cega
Nua de pecados vestindo uma balança
Que fiel se apruma ao tempo sem passar
Se faz deusa, a todos seu braço alcança


Assim a justiça se faz justa
Desde que ela só em decisão se tome toda
Entretanto chegam tantos e atoas homens
Que o martelo de carvalho a deixa louca


Que sentimento, sentido de tormento
Que aos réus julga, culpa ou advoga
Na justiça suas feridas viram chagas
Que lhe mancha para sempre e pura fica a toga


Que não veste a justiça nem cobre sua nudez
Pela inocência de justa igualdade assim se diz
Entretanto sentença injusta, aquela que o réu maldiz
Não é a justiça quem dá. Mas  um homem, um juiz!


José João
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