A demência de um povo

                                                  
Havia prometido a mim mesmo que não escreveria mais sobre 
o Maranhão, mas é impossível, são tantos os absurdos que por
mais que se queira ficar alheio, não se consegue. Então resolvi
escrever. Vamos  começar pela origem do nome. Que significa
a palavra Maranhão? A grande mentira. E onde está localizado
esse Estado? A oeste da região nordeste do Brasil tendo como
limites, o Oceano Atlântico ao norte, o Estado do Piauí ao leste,
no  sul e sudeste o  Estado de Tocantins, e a oeste o Estado do 
Pará.
O Maranhão é o oitavo maior Estado do Brasil, do nordeste é o
segundo maior. É o décimo sexto Estado mais rico do país, e do
nordeste, o quarto mais rico em termos de PIB.Paradoxalmente
é o Estado brasileiro  mais pobre, tendo 25,7% dos seus 6,5 mi-
lhões de  habitantes abaixo da linha da miséria, é o Estado com
o  maior  índice de analfabetismo do país e o terceiro maior per-
centual de esgoto a céu aberto, por aí vê-se a mortalidade infan-
til. Dados sonegados pela nossa tão facciosa imprensa.
Conhecendo-se parte da história desse Estado, da reação do po-
vo da época ante certos eventos históricos e primordiais para o
Brasil, podemos até, desculpem, explicar o inexplicável. Chamo
esse comportamento de "inércia vaidosa". A Independência do
Brasil, por exemplo. Por vaidade da aristocracia fomos o último
Estado a aderir, e hoje ainda comemoramos, pra mim vergonho-
samente, a  ADESÃO do Maranhão à Independência um ano a-
pós esta ter acontecido (28 de julho de 1.823).
Essa inércia, nossa herança até hoje, essa ignorância politica é,
até  hoje, "nossa  riqueza" e essa  bisonha  vaidade,  tanto que 
não assumimos nem nossa etnia. Por essas mazelas somos obri-
gados a viver miseravelmente como gado marcado nas mãos da
mais insidiosa oligarquia do País.
Somos obrigados a vê-los mandando e, cada vez mais, tomando 
o que é do povo. Não aguento mais ver tanta podridão, falsidade,
bandalheira nesse Estado. Uns, quando vejo, dá ânsia de vomito,
outros, dá vontades mais mórbidas. E agora, época de eleição a-
parecem ainda mais vampiros, que até pensei com possantes es-
tacas enfiadas no coração. Voltam sorrindo e outra vez descara- 
damente prometendo. É como disse, somos uma grande mentira,
somos mesmo a "inércia vaidosa"de um povo sem sonhos.




José João
30/06/2.012