Gira o mundo num espaço vazio cheio de desconhecidos,
A pretensão se faz paralela ao que se quer descobrir.
As convergências são só conjecturas da vaidade,
O homem se descobre apenas homem e sente raiva.
Gostaria de ser um deus e fazer-se maior que um grão.
As descobertas assustam, nos fazem ainda menores,
A imensidão se deita no universo brincando de infinito
E tudo se faz maior que qualquer maior pensamento
Do tão insignificante homem, que se pensa só no universo.
As incoerências mostram nossa fraqueza, ainda discutimos
De onde viemos, quem foram nossos ancestrais.
Viemos da existência primitiva de um unicelular,
Alguns dizem, me recuso ser descendente de uma ameba,
Ou somos? Não, somos descendentes de algum primata.
Um primata que em seguidas metamorfoses nos originou.
Será? Aí está a complexidade da nossa existência.
Finalmente quem somos? Primitivos sobreviventes
Que permitiram existir por pena ou favor, ou somos
O pó que sobrou da filtragem de um universo vivo?
Somos tão desprovidos de tudo, de dignidade,
De caráter, de amor, de solidariedade, somo maus,
Somos até mesmo perversos, malignos, maquiavélicos.
Descendentes de perdidos espíritos caídos. Será?
Nós, os humanos, quem somos finalmente?
Com um corpo cheio de vícios e deformidades,
Com uma minima inteligência e atrofiados pensamentos!
Por favor, alguém pode dizer de onde viemos
E quem somos? Existe quem se diga muito amigo de Deus,
Conversam com Ele, sabem até o que Ele quer de nós.
Curam em seu nome, fazem maravilhas, trazem até recados
De Deus. Mas não sabem ainda de onde viemos.
Somos o quê? Talvez restos de alguma matéria
Do universo que precisava ser usada de qualquer jeito.
José João
27/01/2.012
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