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sábado, 7 de setembro de 2013

Um vergonhoso sete de setembro

Não faz tanto tempo e o sete de setembro era um SETE DE SETEMBRO. As forças armadas desfilavam soberanas, imbuídas do dever patriótico, numa demonstração cívica de cidadania. As escolas se enfeitavam com a bandeira brasileira. Estudantes galhardamente usavam seus uniformes, ditos uniformes de gala. Muitas escolas tinham suas próprias bandas, cornetas, tarol, etc. Era digno de ser visto. A pose dos estudantes passando pela tribuna e saudando as autoridades constituídas. O povo se preparava passa assistir o "desfile", era uma verdadeira festa, um verdadeiro ato cívico. Bons tempos, boas recordações e muitas saudades. Tempos que, com certeza, nunca mais voltarão.
"O desfile continua, mas não tem mais público". Que notícia!! Que vergonha para o Brasil! Isso mostra a morte do amor pela pátria, a falta do patriotismo, a falta de soberania de um país que até a Presidenta tem os telefones com escutas, e o que é pior, fica indignada, grita, esbraveja e no fim, um demagogo pedido de desculpas e tudo volta a ser como era antes, apesar do Brasil ser o sonho de consumo de tantas outras potências que abrem os braços gritando: Vem Brasil. Mas isso é outra história, entretanto vale para se saber quem somos, o que temos, e o que acham de nós.
Vamos nos ater ao hoje,  ao nosso sete de setembro, onde as manifestações se fizeram fortes. Estudantes se recusaram a "desfilar", teve estado onde policiais também se recusaram. Bandeiras brasileiras atiradas no chão, queimadas, e perguntam:  Porquê tudo isso está acontecendo? Quem são esses vândalos? O que esses "marginais" querem? Até os meios de comunicação, demagogicamente perguntam e já prejulgam os manifestantes, sem citar os mais macabros casos de vandalismo nacional. Quem, todos os dias, rasga a Carta Magna do país? Quem, todos os dias, rasga a bandeira brasileira? Quem desrespeita o povo com tanto cinismo que enoja qualquer brasileiro?
Nosso sete de setembro deixou de existir  porque os brasileiros acham que como está não se pode dizer que estamos num país. Este não é o Brasil que um dia vimos. No Brasil que os brasileiros querem e amariam como Brasil, não teria moleques brincando com guardanapo amarrado na cabeça fazendo palhaçada em um outro país, e agora se diz injustiçado pelos manifestantes. No Brasil que os brasileiros querem não haveria político procurado pela Interpol, "um ilustre" brasileiro a serviço da nação e da defesa do povo. Não haveria filho de deputado, acusado de desviar milhões de cofres públicos, também procurado pela policia internacional e aqui, vergonhosamente, livre. No Brasil que queremos, como patriotas, desfilar orgulhosamente no sete de setembro, não haveria médico condenado a 278 anos de prisão por prática de abuso sexual e a "permissão de uma fuga escandalosa" para a liberdade. Não haveria deputado condenado e preso sem a perda de mandato. É relativamente fácil acabar com essas manifestações, basta que as suas causas sejam expurgadas, expulsar do contexto político esses cretinos que se fazem de inocentes e cinicamente dizem: Não sabemos o porque desses "vândalos"...


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