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sábado, 22 de fevereiro de 2014

Brasil, "construtor de elefantes brancos"

O Brasil foi cedido a FIFA para a realização de uma Copa do Mundo, e tudo tinha que ser ao gosto dessa entidade, isto é, padrão FIFA, então ela começou a dar as ordens, como se o Brasil não tivesse soberania. Os deputados gritaram em alto e bom som que isso não poderia acontecer, afinal o que essa tal de FIFA está pensando que o Brasil seja? Perguntavam os deputados indignados. No Brasil não é permitido bebidas alcoólicas nos estádios e não é essa instituição que vai passar por cima de nossas leis, palavra de deputado. Mas aí, essa senhora se irritou e disse: Vai ser vendido bebida - cerveja - nos estádios, sim. Afinal essa tal de soberania de vocês não conta porque soberana é a FIFA e continuaram, vocês me irritaram e como castigo não vou permitir a venda de acarajé, na Bahia e nem  feijão tropeiro em BH, aí alguém disse: Acarajé é patrimônio nacional. É? Está bem pode ser vendido, mas no entorno das arenas, e vou permitir também o feijão tropeiro nas mesmas condições, vou fazer esse favor.
A FIFA chama o Ministério do Esporte e diz: Ministro mostre a soberania do país, AGORA. O Ministro, empertigado e com ar superior fala que entre as tantas garantias que o governo assumiu está assegurada a venda de bebidas alcoólicas nas arenas que sediarem os jogos da copa. Também a FIFA para mostrar benevolência permitiu a meia entrada para estudantes e os abastados beneficiários da bolsa família, mas só de ingresso do tipo mais...barato. E os deputados? Meteram a língua no...saco e pronto.
As reformas ou construções dos campos de futebol, agora denominados de arenas (nem vou ver os gladiadores) se fizeram verdadeiras minas de ouro para muitos. Falcatruas, roubos, cachorradas mesmo, e tem algumas que são absurdos tão grandes que fogem de qualquer razão, por exemplo, as arenas de Natal,
Cuiabá, Manaus e Brasília. O que serão essas arenas no pós-copa? Monumentos fantasmas, ainda mais sabendo-se que a copa do mundo na Coreia do Sul foi feita em oito estádios (arenas) e no Brasil em doze. A arena de Brasília terá um custo de R$ 1,4 bilhão, agora vejam, no ano de 2.012, durante todo o ano, somando-se o número de pagantes em todos os jogos chegou-se a 33.200 pagantes, tiveram jogos com menos de 100 pagantes. Como essas capitais manterão seus elefantes brancos?
Falemos agora de mobilidade urbana. Que vergonha! Que cretinice! E os políticos? Caladinhos. Gozam das mais indecentes e imorais mordomias, assim pra que investir em transporte público se têm à disposição carros com motoristas, helicópteros, aviões de empreiteiras e até  da FAB. Investir em saúde? Pra quê? Se quando esses vagabundos sentem uma dor na unha têm o Sírio Libanês. Escolas? Se os filhos e netos dessa corja estudam nas melhores escolas particulares pra que investir em escola pública no Brasil? A educação brasileira está lado a lado com  a de Zambabue (175°), mas agora temos doze dos estádios de futebol (arena) mais moderno do mundo, isto é, alguns elefantes mais caros do planeta, considerando-se também os milhões ROUBADOS.


José João
22/02/2.012

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