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segunda-feira, 27 de outubro de 2014

O maranhense gosta...

                 Obrigado, maranhenses. Quem sabe Roseana seja ministra? kkkk

Eleições presidenciais concluídas. O nordeste mais uma vez mostrou a cara, e o Maranhão, como não podia deixar de ser, "arrepiou", consolidou a maior votação proporcional do país, 78 % de Votos "Dilmes". Isso serve para orgulhar os maranhenses ou mostra que quanto maior a pobreza (afinal somos o segundo estado mais pobre da União) maior é o medo de uma democracia? Ou mostra que o 4º maior índice de analfabetismo (pior que a República do Congo) no Brasil dá as cartas? Ou simplesmente mostra suas origens, de sempre se tornar um dos últimos nas grandes decisões nacionais e depois se "fantasiar" de Estado herói?
Na verdade não foi surpresa essa demonstração de "amor" pelo que aí está. O Maranhão conservador, vaidoso, orgulhoso não sei de que, sempre se mostrou avesso as ações determinantes de mudanças. Exemplo: A Independência do Brasil  no inicio do século XIX, que emancipou politicamente esse país de Portugal. Oficialmente a data comemorada é 7 de setembro de 1.822 (engraçado no Maranhão também) com o grito de "Independência ou Morte", ou o "Grito do Ipiranga" como também é conhecido.
O Maranhão, ao contrário do resto do Brasil, se recusou a aderir a Independência. A província conservadora e vaidosa não se sujeitava às ordens vindas do Rio de Janeiro e explica-se: As elites agrícolas e pecuaristas, ligadas à corte portuguesa (vaidosamente), com filhos estudando em Portugal,  recusaram-se a se fazerem "totalmente" brasileiros. Esse espirito burguês levou os maranhenses a sobreporem, sobre o nacionalismo, a vontade da Corte Portuguesa. Só após ameaça de ser bombardeada pelo  Lord Cochrane, aderiu à Independência, como se pode ver, não foi um ato espontâneo de civismo ou amor a pátria.(28 de julho de 1.823) mas imposto, ainda assim, galhardamente comemora-se, aqui no Maranhão, o dia da Adesão a Independência, o que deveria ser uma vergonha, o Estado ajoelhar-se, tremer, ante a Força Nacional, depois festejar como grande feito histórico. Nossa característica, irmos sempre na contra-mão, não é a toa que passamos 50 anos sob o julgo de uma oligarquia a nível estadual e agora a colocamos a nível do alto clero nacional. Conseguimos promove-la, e diga-se, com uma absurda votação.
Estamos vivendo agora (e o Maranhão também, é óbvio) uma minimização dos conceitos e direitos políticos, é evidente o descaso com a prática democrática, a  subserviência, que também causa uma apatia politica, é comprometedora para o exercício da democracia ( alguns ditos "programas sociais"). Uma razoável, que seja, formação política, uma boa informação, a inteligência e conhecimentos, são critérios fundamentais e de extrema relevância para a democracia, mas, infelizmente, são miseravelmente sufocados pela burrice e desinformação majoritária. É hora de reflexão, e para isso seria ótimo lembrarmos o Nelson Rodrigues quando disse: "Toda unanimidade é burra. Quem pensa com a unanimidade não precisa pensar". Se quiserem insultar, foi ele que disse. Aqui só resta me solidarizar com a minuscula minoria pensante desse estado.

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