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terça-feira, 10 de novembro de 2015

Minhas lembranças e decepções

Nasci no Aprendizado, hoje ninguém sabe mais onde é, ali, perto da Maiobinha, O Aprendizado ia desde a entrada, nas Duas Colunas (logo depois da Forquilha - estrada de São José de Ribamar-) passava pelo Colégio 7 de Setembro (onde nasci) e ia até o SAM (Serviço de Assistência ao Menor), onde hoje funciona a UEMA. Tempos bons, brincava no Horto Florestal, brincávamos no Rio Paciência, onde aprendi nadar. Mas deixemos de saudosismo, quero falar o SAM, Uma instituição administrada pelo Sr. José Iria, posteriormente pelo Monsenhor Pop. Na época as "crianças de rua" eram levadas pra lá. Minha mãe (Profa.Rosalina) ensinava na Escola 7  de Setembro (manhã) e também naquela instituição (tarde), o trajeto era feito de charrete (omo lembrar e nãos sentir saudade?). Os internos tinham as aulas regulares, aulas de catecismo, e cuidavam da horta. Tinha um campo de futebol, tudo bem organizado. Dessa instituição, pasmem, saíram jogadores de futebol, enfermeiros, policiais e professores. Estou falando de uma instituição que cuidava dos menores abandonados, menores de rua, isso, ainda hoje, mostra o que é ressocialização, não o que alguns imbecis dizem agora.
Naquela época, ali não havia luz elétrica, o rádio era a diversão (funcionava  a bateria) "víamos" as novelas, os seriados, por exemplo; Jerônimo, o herói do sertão, tinha o Moleque Saci, a Rosinha, namorada do Jerônimo (o mocinho), e o vilão. CORONEL "Ludugero". Aos domingos as histórias infantis, Peter Pan e outras, e nós, crianças, púnhamos a imaginação para funcionar, "criávamos" o cenário a partir da narração do apresentador. Isso nos fazia imaginar, escrever nossas histórias, aquilo nos fazia criar. Ah! Quanta inveja tinha dos locutores! Voz bonita, um português impecável (não esse que os imbecis admitiram, um tal de português coloquial ou o tal de regionalismo, isso para permitir a fala de alguns idiotas que não sabem se expressar) Então resolvi; Vou falar assim. Perguntei do que precisava para me expressar daquela meneira. Minha mãe respondeu. Ler muito. Então pensei, entre pegar uma porção de livros para ler, é melhor e mais "fácil" decorar o dicionário (kkkkkkk) ideia de alguém de oito anos, e lá fui eu, tentar, bem que tentei mas...kkkkkkk deu para entender, não é?
Aquela minha admiração pelos locutores quase me deixou louco, e a minha obsessão por dicionário até hoje me acompanha (loucura maravilhosa!!). Não cheguei a ser locutor, embora por algum tempo tenha trabalhado na imprensa (fora do Maranhão). Mas hoje, o título do texto resume o que sinto: Decepção. Como a degradação tomou conta da imprensa! Como  essa classe se perdeu de suas convicções, do moralismo, do caráter, qualidades tão inerentes aqueles que já exerceram essa profissão. Hoje, infelizmente, se conta nas pontas dos dedos aqueles que honram seus preceitos, conceitos, e até mesmo sua pátria. São poucos.
Emissoras de televisão, verdadeiras máquinas enferrujadas moralmente, apresentadores despersonalizados, pobres de moral e de espírito, se vendem de forma indecente, matam seus preceitos pela covardia ou falta de amor por si mesmos e deixam que estuprem sua dignidade por alguns trocados (raríssimas exceções). Muitos por ignorância mesmo, meros instrumentos, isso devido seu analfabetismo funcional, e, por essa incompetência se rendem vergonhosamente aos "seus donos".
A imprensa brasileira está falida, está na sarjeta, suja, cuspida, mijada, moribunda, necessitando de gente que lute pela pátria e não pelos tostões de mercenários. Essa é minha decepção, e eu pensava que aqueles, que estão "dentro" do monitor, fossem os baluartes da liberdade de ideias, fossem verdadeiros formadores de opinião, fossem verdadeiramente diferenciados pelos seus conhecimentos. Decepção, não passam de meros brinquedos nas mãos de quem está com os fios...dos marionetes.


José João
10/11/2.015

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