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quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

Não se sabe mais quem é gente.

Quem paga o preço da morte?
Que importam nomes e países?
Mãos sujas, almas podres nojentas.
Que importam as palavras?
As palavras precisam de alma
E os que as dizem não as tem.
O lixo anda com dois pés,
A cabeça fede, está podre, imunda,
Vermelha, com pontiagudos chifres,
Com olhos de sangue... e a boca...
Só blasfêmias, que saem como lama.
Quem são os reis? Quem matou Deus
No coração da infeliz humanidade?
Imundos, pedaços amorfos, 
Pedaços podres de restos eretos
Que se gritam homens. Tenho nojo.
Os satanases se vestem de gente,
Vomitam maldades, riem da miséria...
Os satanases têm pele de gente,
Boca de gente, nojo de gente...
E... são como gente.
Quem dera eu pudesse dizer
Na minha poesia, não há vagas
Para assassinos mas eles chegam,
Como chegam os ratos, os cupins,
Então não fiz poesia...apenas chorei,
Mas fiz de minhas lágrimas 
Pedras pontiagudas para feri-los,
E que suas feridas não cicatrizem nunca
Sejam eternamente lambidas
Pelos seus próprios diabos.


José João
21/12/2.016


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